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COMO FUNCIONAM AS CORRIDAS DE CICLISMO DE ESTRADA

Esta informação foi feito para o Tour de France mas a lógica é a mesma para todas as corridas (só as camisas que mudam de cor)

Classificação Geral – Camisa Amarela

O Tour de France é uma corrida por estágios que o vencedor é o ciclista que completar os 21 estágio com o menor tempo acumulado. Durante a competição, o líder na classificação geral fica vestido com a famosa Camisa Amarela, para que esse ciclista possa ser facilmente identificado pela imprensa.

A Camisa Amarela foi inventada em 1919 por Henri Desgrange. A camisa tem essa cor por ser a mesma cor das páginas do jornal L’Auto, que na época patrocinava e divulgava a competição.

Contagem de tempo quando os ciclistas chegam juntos

Quando um grupo de ciclistas cruza a linha de chegada, todos eles são registados no tempo do primeiro ciclista do grupo que cruzou a linha. Isso vale para o pelotão todo. Quando temos uma chegada que vai para o sprint com o pelotão todo junto, todos os ciclistas ficam com o mesmo tempo.

Quedas nos últimos 3km

Durante as chegadas com pelotão compacto, o risco de quedas aumenta muito. Para poupar os ciclistas que venham a cair no finalzinho, se acontecer uma queda dentro dos últimos 3km, o ciclista que cair não tem prejuízo de tempo. O tempo dele será registado como se ele tivesse terminado junto com o pelotão

Contra-Relógio

Os atletas largam individualmente e percorrem um percurso estipulado. Ganha quem fizer o percurso em menor tempo, por isso se chama de Contra-Relógio.

Os tempos individuais são somados na Classificação Geral (Disputa da Camisa Amarela). Por isso o Contra-Relógio é tão importante, ele pode definir o Tour de France.

As bikes de Contra-relógio são muito diferentes das bikes de estrada. O guiador é totalmente diferente, o ciclista se apoia no “clip”, para ficar em uma posição mais aerodinâmica que em uma bicicleta convencional. O quadro da bike também possui um formato bem mais aerodinâmico!

Camisa Verde

Para deixar a competição mais interessante para os ciclistas, foram criadas algumas competições secundárias dentro do Tour de France. A primeira camisa alternativa a ser criada foi a Camisa Verde (Campeão por Pontos). Ela é dada para o ciclista que vence mais etapas e os sprints intermediários.

Como eu expliquei ali em cima, para a classificação geral, que é por tempo, vencer a etapa não faz diferença, uma vez que todos no pelotão ficam o mesmo tempo. Mas quem vence uma etapa ganha pontos e disputa a competição da Camisa Verde.

Camisa Branca com Bolinhas

Essa camisa foi criada em 1975 e é dada para o ciclista que está liderando a competição de pontos de montanha. Esse pontos são dados para os ciclistas que cruzam as montanhas mais difíceis na frente.

Camisa Branca

Essa camisa também foi criada em 1975 e é destinada para o melhor ciclista com até 25 anos. Funciona da mesma forma que a Camisa Amarela, por tempo, só que somente os ciclistas jovens participam.

Metas de montanha e volantes

Sprints intermediários

Metas volantes são “chegadas” intermediárias disputadas durante o percurso das etapas, que valem pontos para a Camisa Verde.

Metas de montanha

No topo das montanhas são colocadas as metas de montanha. Os que passarem primeiro pela meta ganham pontos para a disputa da Camisa Branca com bolinhas.

Categorização de montanhas

Como as montanhas são categorizadas?

Subidas são categorizadas de acordo com algumas regras internacionais. Mas a organização da prova pode alterar um pouco essa classificação, veja como são categorizadas as subidas do Tour.

Categoria 4: E a mais fácil, geralmente tem menos de 2km de extensão e por volta de 5% de inclinação. Ou com até 5km, com inclinação de 2 a 3 %;
Categoria 3: Pode ter menos de 2km, mas com uma inclinação forte, aproximadamente 10%, ou com até 6km, com inclinação menor que 5%;
Categoria 2: Pode ter 5 km, com inclinação média de 8%, ou com até 15km, com 4% de inclinação;
Categoria 1: É a categoria mais difícil, pode ter de 8km, com média de 8%, ou até 20km, com inclinação média de 5%;
Hors Catégorie (sem categoria): São montanhas extremamente longas e inclinadas, por exemplo, subidas com 10km e média de 7,5%, ou 25km com média de 6%.

Cálculo do percentual de subida
A inclinação das subidas no ciclismo, sempre são categorizadas de acordo com seu percentual de inclinação. Para chegar nesse percentual, é feita uma divisão entre o ganho de altitude e a distância percorrida. Por exemplo, se você passou por uma subida de 1km e você subiu 10 metros de altura, qual é o percentual dessa subida? É só dividir! 10 metros / 1000 metros = 0,01 ou 1%.  Bem simples!

Fugas

Muitas vezes durante a competição, vemos um grupo de ciclistas destacados do pelotão. Essa é a “Fuga”. Em todas as etapas, quase sempre existe uma fuga. Geralmente elas saem logo no começo da etapa com o consentimento do pelotão, que deixa para buscar a fuga mais para o final da etapa.

Existe uma conta que geralmente é utilizada para saber se o pelotão vai conseguir buscar, ou não, a fuga. É o seguinte: O pelotão gasta em média 10km para tirar um minuto de vantagem. Por exemplo: A fuga está com 5 minutos de vantagem e falta 50km para acabar a prova. Nesse caso, geralmente a fuga é neutralizada.

Mas se tivermos os mesmo 5 minutos de vantagem, faltando 30km, já fica bem mais difícil. Essa regra funciona para etapas planas ou que não tenham montanhas no final. As etapas de montanha são imprevisíveis.

Trabalho de Equipes

O ciclismo é um desporto individual, mas nenhum ciclista vence nada sem o trabalho de sua equipe. As equipes contam com nove ciclistas que trabalham em prol de seu capitão.

Os chamados de gregários, que são os ciclistas que “trabalham” para o capitão, buscam as fuga, neutralizam ataques, protegem seu líder, colocam um ritmo forte em uma subida, enfim… Fazem o que precisa ser feito.

Escalera

Uma escalera é formada quando ciclistas revezam a frente do pelotão para manterem um ritmo forte sem se desgastarem tanto. Existem escaleras simples e duplas. Na simples se forma um fila indiana, um ciclista puxa por alguns segundos ou minutos e sai da frente para que outro puxe, geralmente utilizada em chegadas e perseguições muito fortes. Na escalera dupla, os ciclistas formam uma fila dupla onde uma das filas anda mais rápido que a outra, quando o ciclista chega na frente da fila ele imediatamente passa para a outra e desacelera, assim revezando a frente. Geralmente utilizada para manter ritmos fortes em estradas longas e planas.

Em casos de vento lateral, a escalera fica na diagonal, uma vez que o vácuo não fica exatamente atrás do ciclista, mas na diagonal contrária a direção do vento.

O que é um gruppetto?

É um grupo de ciclistas que se forma atrás do pelotão (sobrados), geralmente em estágios de montanha. Eles andam no ritmo suficiente para se manter dentro do tempo de corte do estágio (geralmente 20% a mais do que o tempo do líder). O gruppetto (italiano para “pequeno grupo”) é geralmente formado por ciclistas machucado, doentes ou sprinters que não conseguem subir bem as montanhas.

10 DICAS DE COMO FICAR MAIS AERODINÂMICO SEM GASTAR CENTENAS DE EUROS NUMAS RODAS AERO....

10 – Raspe as suas pernas: Apesar de isso não te deixar mais aerodinâmico, utilize isso como desculpa para os seus amigos quando eles te perguntarem porque você raspa as pernas.

09 – Guiador aerodinâmico: São relativamente baratos (comparados com rodas e quadros) e colocam o ciclista na posição correta, que é o que mais afeta a aerodinâmica.

08 – Não segure nos “drops: Se não tiver estensores, não ande segurando nos drops. Estudos mostram que segurando na parte de cima do guiador, com os braços em 90 graus, você fica mais aerodinâmico do que segurando nos drops com os braços esticados.

07 – Junte os braços e joelhos: Fique em uma posição mais compacta, isso diminui a resistência do ar. Repetindo que a posição do ciclista na bike é o fator mais importante para a aerodinâmica.

06 – Sapatilhas: Cubra as sapatilhas com capas aero. As sapatilhas são cheias de tiras, que prejudicam a passagem do ar.

05 – Use Trisuit: Os Trisuits são uma boa ferramenta para se manter “aero”.

04 – Use luvas aerodinâmicas ou não as use: A luvas farão mais resistência ao ar, do que rodas “não-aerodinâmicas”

03 – Garrafa d’água no poste de selim: A bike fica mais aero com a garrafa no poste de selim, do que se não levar a garrafa.

02 – Cuidado com os números de inscrição: Coloque-os bastante justos, para que eles não fiquem batendo e prejudicando a aerodinâmica.

01 – Capacete aerodinâmico: Capacetes comuns causam 4x mais arrasto do que um par de rodas “não aero”. Portando, não adianta nada gastar 2.000 euros em uma roda aerodinâmica e correr com seu capacete comum… Tem que ser aero.


 

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